Pesquisar este blog

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

RELIGIÃO (Caminho de morte)


Há caminhos que ao homem parece direito... (PV 14:12)










Filosofias, ideologias e comportamentos religiosos neo-contemporâneos tem tomado lugar da verdadeira base do que é viver uma vida, não digo religiosa, mas prática dos ensinamentos de Jesus. O número de pessoas que declara ter “conhecimento de Deus” é enorme, contudo, não há evidência de declarações tipo citada. Então se a essência da vida espiritual relacional do homem com Deus (que é Jesus), não está presente, começa-se então uma postura de substituição do real, essencial e verdadeiro pelo imaginário surreal e de certa forma utópica. A despeito das culturas, o homem como ser social e cultural vai apenas procurar construir uma nova base religiosa, ou pontes incompletas no objetivo de alcançar o essencial para sua vida, que é Jesus. Nesse processo ele construirá a seu bel-prazer, caminhos, rituais e comportamentos que o guiará no objetivo de encontrar o que sua alma tanto almeja. Ele conceituará, dará as normas e estabelecerá seus “dogmas” incontestáveis assertivando-os como verdadeiros, se agregando a um contexto cultural que trará impacto e dará forma na maneira de viver de um determinado povo. Isso é parte do conceito do que é e como começa a religião em qualquer sociedade mesmo sendo ela ágrafa. Uma das principais características da religião é a ausência do verdadeiro Deus, sendo substituído pelo falso. Independente do ser humano ter ou não ter conhecimento da verdade sobre Deus. Isso é muito relativo. Há casos que o homem tem acesso à verdade sobre Deus, ouve sobre Deus, porém prefere manter-se distante de Deus por decisão própria e espontânea. A chamada “religião” institucionalizada como humanismo, o agnosticismo e etc, tem sido meios usados pelas pessoas na tentativa de aproximar-se de Deus. São práticas defeituosas criadas pelo ser humano, independente de ser uma questão cultural ou não. Esse não é o mérito da questão. Ela parte de um pressuposto de que tem que sair do natural para o espiritual, independente dos meios e métodos usados. Tudo é valido para se aproximar de Deus. O que não justifica e nem se tornam aceitáveis quando abalizadas na verdade que Deus e Jesus ensinaram. A religião é auto-suficiente e impositória pelos seus mentores. Esse tipo de postura descaracteriza o verdadeiro significado da vida relacional com Deus.
A religião trata do ritualístico e externo.., Porém, em muitos casos, nas suas práticas são agressivas e martirizantes. Enquanto a vida relacional do ser humano com o Deus da Bíblia trata do interior movido pela presença do Espírito Santo de Deus agindo no homem.  Essa realidade está em Romanos 8:5b ... Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito (Versão NTLH). Nesse texto está falando justamente daquilo que a religião não pode fazer e do que Deus pode: Conduzir o coração do homem para amar a Deus motivado pelo sentimento de um verdadeiro amor, reconhecendo que o Próprio Deus é suficiente para suprir os anseios de sua alma. Percebemos que há um mover espiritual, ou seja, uma influência direta de Deus através do Espírito Santo. É algo que começa no interior do homem conduzindo o espírito humano, seus sentimentos e conseqüentemente externando pelo físico a inclinar-se voluntariamente sem imposições para cultuá-lo. Essa é uma das características que confirma o verdadeiro significado de adorar a Deus em espírito e em verdade. É também uma característica que diferencia das religiões.
As religiões são iguais no sentido de responder às perguntas a respeito do sentido da vida. Elas competem uma com as outras exigindo que seus seguidores se apeguem a um sistema de dogmas particular e ao mesmo tempo refutem as demais. Isso tudo da margem para que elas se tornem separatistas gerando assim repulsa, ódio e desavença aos demais de um seguimento religioso. Isso é crucificante, pois todas passam a envolver seus seguidores num espírito de segregação e separatismo religioso. Nasce aqui, ao meu modo de ver, um paradoxo: O seguimento religioso que prega, ensina e procura dar sentido à vida de seus adeptos consegue ao mesmo tempo gerar comunidades isoladas que excluem outras parcelas de pessoas. A religião, neste ponto, começar a arrefecer e revelar falibilidade ao homem, provando que ela é insuficiente para resolver questões espirituais do ser humano. Como uma religião resolverá o caos da alma humana, quando ela mesma causa esse caos? Como ela promoverá a paz ao homem se ela é a causadora das divisões sociais? Insuficiência, teu nome é religião!
Concluo que o motivo do surgimento de tantos seguimentos religiosos – ideológicos e etc., vem surgindo como efeito colateral da maneira como o homem ignóbil da verdade do evangelho ou mesmo alguns membros do corpo de Cristo (Que se apostataram do verdadeiro caminho da fé em Cristo) ver e interpreta a mensagem do evangelho de Jesus. A instauração de vários seguimentos religiosos tem ocorrido devido ao anseio de querer encontrar Deus. Isso é apenas fruto do anseio da alma humana querendo encontrar Jesus onde deveria e em muitos casos não tem. Por isso, procuram caminhos alternativos. A evasão de membros é uma evidência (Não generalizando), mas tem sido fato inegável. Muitos neo-Elimeleques tem surgido e migrado de Bethlém (Casa do pão. Igreja de Jesus hoje) e indo em desespero de fome espiritual para Moabe espiritual( o mundo e as religiões). No contexto de Elimeleque, nos tempos já findos do período de Juízes, o pão já não estava mais em Bethlém, o desespero tomou conta do coração de Elimeleque, por isso partiu mundo afora.  A culpa foi de Deus? Não. Devemos entender que sempre existirão crises espirituais no meio do Israel espiritual de Deus. Assim como existiu no passado, no contexto bíblico, irá existir hoje... Naqueles dias houve instabilidade espiritual devido à falta de liderança permanente. A autarquia foi uma das marcas naqueles dias, no contexto de liderança. A Bíblia diz que o povo fazia o que bem parecia aos seus olhos (Naquelas dias não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia bem aos seus olhos). Hoje em dia, muitos cristãos compreendem Jesus com um líder fundador de uma religião chamada cristianismo. Jesus não veio do céu para fundar uma religião, mas ESTABELECER UM REINO. Em MT 6: 10, Ele expressa isso na sua oração acerca do que Deus queria através da vida D’Ele e continua querendo através da igreja hoje. (Mateus 6:10) - Venha o teu reino... Muito diferente daquilo que as religiões e até mesmo alguns seguimentos evangélicos expressam em seus dogmas e “doutrinas”. Sendo assim, transformaram seus ensinamentos e métodos em costumes. Converteram o sentido espiritual da palavra de Deus em meros rituais a serem seguidos com a expressa ordem de não poder errar. Alguns reduziram a mensagem de Jesus a nada mais do que um plano escapista para chegar ao céu. Por isso vêem em suas promessas uma mera apólice de seguro espiritual contra incêndio para escaparem do sofrimento eterno.

Isso dar margem para uma deixa: Não é a toa que Jesus logo em seguida que os fariseus bombardearam a mente de seus discípulos, pára para perguntar quem era Ele para os mesmos. Jesus estava querendo saber qual era o conceito que eles tinham D”Ele em meio a uma gama de ideologia religiosas. Queria também saber se eles estariam sendo ou não influenciados pelas “doutrinas” farisaicas. Por que Ele fez esta pergunta? Porque Ele estava preocupado com a integridade de seus ensinamentos aplicados, até aquele dado momento, na vida de seus seguidores e também pensando em corrigi-los. Matando assim a erva daninha espiritual que os fariseus semearam na mente deles ( MT 16:13-16).
Os tempos não mudaram. O contexto é o mesmo. O pano de fundo histórico social-religioso é outro em termos de determinados aspectos, porém, a pluralidade de ideologias e conceitos errôneos tem se alastrado como um câncer. A verdadeira fé no verdadeiro Deus tem se perdido e tomado características de religiosidade institucionalizada, com a “cara” de status espiritual pós-modernista. Muitas mentes continuam com referências distorcidas sobre a pessoa de Jesus. Semelhante o conceito de alguns discípulos de Jesus quando Ele perguntou e eles responderam: “E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas (MT 16:13-14) (Grifo meu). Quanto  pluralismo de conceitos religiosos! Conceitos  ditos pelos discípulos, mesmo baseados na Torá, porém sem a revelação daquilo que Jesus queria e transmitiu. Para a classe rabínica de Jerusalém daqueles dias (Tempo em que Jesus ministrou na terra de Israel) surgiu um grande problema acerca da pessoa de Jesus e seus ensinos: O problema de interpretatividade. O Problema é que os líderes judaicos, rabinos e mestres em Israel viram em Jesus apenas mais um conceituador e um mestre judaico mal informado que espalhava heresias e contaminava os ensinamentos e as leis de Moisés e o judaísmo daqueles dias. Não basta ter uma referência de conhecimento religioso. Precisamos ter aquilo que Pedro teve na mente dele naquele momento: Cristo revelado por Deus e não pelo conceito religioso. Pedro foi destaque naquele momento dentre os discípulos não pelo seus méritos e dotes de intelectualidade, mas sim por causa da mensagem revelada por Deus em sua mente e coração. Por causa da participação ativa de Deus sobre  ele. Pedro seria como os demais se ele tivesse o mesmo conceito de quem era Jesus como os demais. Não passaria de um mero conceituador religioso. Nós, hoje, não podemos aceitar sermos meros conceituadores e meros transmissores da Bíblia dentro do corpo de Cristo, que é a igreja. Precisamos urgente a cada dia da revelação D’Ela. Não podemos estar no grupo de discípulos de Jesus sem revelação espiritual como naqueles dias.Precisamos ser “Pedros”, homens e mulheres que anda sob revelação espiritual vinda da parte de Deus “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16:16 -17) (Grifo meu).

A religião não é capaz de dá uma referencial que satisfaça e suficientemente supra a vida espiritual de uma pessoa. Ela é apenas uma ponte incompleta, ou seja, se perde em determinada situação. E quem se conduz por ela alcança o mesmo que ela: “morte” em si mesma. Provérbio diz “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte (Provérbios 14:12). A religião tem essa característica.

Baruk Adonai Yeshua! (Bendito é Senhor Jesus)

Por Marcio